O BNDES inaugurou a Casa BNDES na COP30. Instalada no coração de Belém, no histórico Complexo dos Mercedários, a Casa BNDES esteve aberta ao público de 9 a 21 de novembro. Com entrada gratuita, o espaço reuniu uma programação intensa de filmes, exposições, performances e experiências sensoriais que conectam arte, ciência e sustentabilidade.
A exposição “Afluentes: caminhos e histórias do Fundo Amazônia”, espalhada pelo Complexo dos Mercedários durante a COP30, em Belém, Pará, reuniu fotografias, vídeos, instalações e ambiência sonora, sonhos e experiências vividas nesse território e que fazem parte dos projetos financiados em 17 anos pelo Fundo Amazônia.
Os Wai Wai Xaary e os cooperativados, protetores das castanheiras, projeto apoiado no primeiro edital do PROJETO DABUCURY foi um dos vídeos exibidos na exposição.
A Associação dos Povos Indígenas Wai Wai Xaary é uma das 28 organizações da Amazônia Legal contempladas pelo primeiro edital do Projeto Dabucury. Intitulado “Tîkto: a castanha protegendo nossa terra”, o projeto foi selecionado na categoria Urucum e tem como foco o fortalecimento das atividades de coleta e produção de castanha.
Essa é uma das principais fontes de sustento das 136 famílias indígenas que vivem na Terra Indígena Wai Wai, no sul de Roraima. A iniciativa contribui diretamente para a segurança alimentar e a geração de renda dessas comunidades, ao mesmo tempo em que reforça a proteção territorial e o manejo sustentável dos recursos naturais.
Equipe Técnica do Projeto Dabucury e Zabelê Comunicação visitando as comunidades indígenas da Terra Indígena Wai Wai. Fotos: Languy Wai Wai e Antônio Marinho
Para Valdeci Noro Wai Wai, presidente da Associação dos Povos Indígenas Wai Wai Xaary (APIWX), a presença da equipe foi uma oportunidade de mostrar ao mundo como o povo Wai Wai mantém a preservação do seu território e a floresta em pé, resistindo a constantes ameaças de grandes empresas, garimpeiros e colonos.
“Foi muito bom para nós receber essa visita da equipe de filmagem. Caminhamos juntos pela mata que nós cuidamos, mostramos as áreas preservadas. Juntos com a equipe Coiab, CESE e os jornalistas vimos o lado do branco, destruído, e o lado da terra indígena, que segue intacto”, afirmou Valdeci.
O líder indígena também destacou a importância do apoio recebido por meio do projeto Dabucury, que financia a iniciativa da comunidade voltada ao fortalecimento da coleta de castanha pelas famílias indígenas Wai Wai.
O projeto da APIWX também busca fortalecer a sede da associação por meio da aquisição de mobília e equipamentos de informática, a finalização do galpão de armazenamento da castanha, além de garantir a manutenção dos veículos utilizados nas atividades de coleta e armazenagem.
