
Nos dias 22 e 23 de setembro de 2025, a Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) realizou uma visita de acompanhamento ao Projeto NÃNG, executado pela Associação dos KAPI e das Lideranças Tradicionais Sateré-Mawé do Rio Andirá, na Terra Indígena Andirá Marau (AM), com apoio do projeto Dabucury.
A agenda incluiu encontros nas comunidades Ponta Alegre, Nossa Senhora de Lourdes e Molongotubá, com participação de Tifane Máximo Baré, assessora de projetos da CESE, Josias Sateré e Franciany Costa, pontos focais do Projeto NÂNG, além de Singride Ferreira, tesoureira da associação.
Durante os dois dias, a equipe conduziu rodas de conversa com os comunitários beneficiados pela implementação do Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA). O objetivo foi ouvir, dialogar e avaliar os resultados das atividades em andamento, bem como identificar avanços e desafios enfrentados pelas comunidades na execução do projeto.

SOBRE O PROJETO
O Projeto NÂNG, contemplado na categoria Urucum do primeiro edital do Dabucury, tem como propósito formar lideranças indígenas e agentes indígenas de segurança ambiental do povo Sateré-Mawé, para fortalecer a proteção das aldeias, das lideranças e das organizações indígenas. Entre suas principais ações estão previstos cursos de capacitação, formação continuada, intercâmbios e atividades de educação ambiental e indigenista.
“O projeto que está iniciando no nosso território é um projeto muito bem claro. Ele chama atenção de muitas comunidades indígenas e é muito importante para nós do povo Sateré-Mawé. Eu gosto de ouvir as palestras de como trabalhar, elaborar e partir para caminhada, que chamamos de atividade. Nós esperamos tudo de bom. Esperamos tudo de braços abertos porque o projeto Dabucury move o nosso futuro”, afirmou Marcina Sateré-Mawé.
A iniciativa também busca promover a gestão territorial e ambiental em consonância com a Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI), incentivar a troca de experiências entre povos indígenas em âmbito nacional e internacional e garantir meios de transporte fluvial para vigilância e monitoramento.
Com esse esforço, a Associação dos KAPI e das Lideranças Tradicionais Sateré-Mawé do Rio Andirá fortalece seu compromisso com a proteção e conservação da Terra Indígena Andirá Marau, garantindo a autonomia e a defesa do território.